sexta-feira, 31 de julho de 2009

AS TRAVESSURAS DE CHICO PREGO


Dário Teixeira Cotrim

Terminei a leitura de um belíssimo livro infantil: As Travessuras de Chico Prego. Um livro colorido que conta as travessuras de um macaquinho esperto e tem as ilustrações do renomado artista plástico Gemma Fonseca. O autor Alceu Augusto de Medeiros, que já vem produzindo livros infanto-juvenis há algum tempo, explica que a história do macaquinho Chico Prego serve para despertar nas crianças o limite de suas peraltices e, ainda, o habito da leitura. A narrativa de Alceu é bastante simples e agrada não só as crianças como também os adultos, principalmente àqueles que nunca deixaram de ser crianças mesmo depois de grandes. Os momentos de aflição por que passa o espertinho macaquinho, são facilmente contornáveis pelas suas astúcias. Perambulando pelo céu atracado nos balões coloridos o macaquinho vence a bravura de uma enorme árpia. Depois ele é incomodado pelos filhotes de uma coruja e, utiliza ainda o dorso de uma cobra gigante como pinguela para atravessar o caudaloso rio. Por fim Chico Prego ludibria com clara esperteza o lobo-guará e o jacaré. O livro As Travessuras de Chico Prego tem cores frias e traz na quarta capa o selo inconfundível da Editora Unimontes.

No exato momento em que a sociedade cultural de Montes Claros se aguça nas contradições entre os sonhos e as fantasias - pela necessidade de escrever para as nossas crianças as histórias infantis que advêm do próprio tempo - é que Alceu Augusto de Medeiros sai em campo para publicar a sua obra. Em virtude da importância do livro, recomenda-se que a Academia Montesclarense de Letras possa abraçar o projeto de As Travessuras de Chico Prego numa inesquecível noite de autógrafos.

Montes Claros abriga em seu seio muito pouco os escritores de livros infantis. Somente uma meia dúzia por assim dizer. Amelina Chaves que escreveu Ventania - o cachorrinho sonhador, Ruth Graça que produziu o belíssimo livro de estórias que conta as emocionantes aventuras da menina Marie Lousie intitulado como Estrelinha de Chinelo. Em tempos passados a escritora Maria Luiza Coutinho escreveu a história da Dança da Carochinha. Amélia Souto com quatro belíssimos livrinhos estreou no mundo dos livros infantis e Maria Pires com os livros O Burrinho e o Menino e Hospedeiro de Belém tem o seu nome escrito na história da literatura montes-clarense. Distante do mundo cultural, por motivos óbvios, o nosso Tio Manoel que já publicou vários livretos para crianças está agora fazendo falta com a sua bela-arte. Por que o macaco? Elias José na sua obra Os Fabulosos Macacos Cientistas nos revelou que os macacos são animais bem dotados intelectualmente.

Nota-se que a sagacidade dos macacos serve de efervescência para os temas mais "loucos" da macacada com todas as suas macaquices. Também, é bem verdade, que os livros infanto-juvenis servem para o leitor mirim exercitar o seu pensamento crítico sobre o que acabou de ler. Por tudo isso a escritora Ana Maria Machado, que escreveu o Mico Maneco descobriu que as crianças estavam começando a ler em inglês - com o advento dos computadores - e se não fizesse nada elas iriam ficar letradas em língua dos outros e analfabeta na nossa.

Pode ser que seja coincidência, mas os pequeninos micos e os macacos são os "bichinhos" mais requisitados nas historinhas infantis. Assim, o poeta Alceu Augusto de Medeiros o fez. Ele escreveu As Travessuras de Chico Prego, uma história belíssima de um macaquinho esperto numa viagem inusitada pela imaginação do autor. Que todas as crianças e adultos leiam o livro de Alceu, pois temos a certeza de que todos vão perceber que o trabalho literário de Alceu é diferente e muito interessante.

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