domingo, 7 de junho de 2009

DÓRIS & DÁRIO


DÁRIO TEIXEIRA COTRIM

Em 1985, as letras literárias de Montes Claros recebiam com ufania o livro de poemas intitulado de A Duas Mãos. Era uma obra literária feita em duas mãos, ou seja, a união da força poética incutida nas letras do compositor e músico Ildeu Braúna, mais o lirismo suave e doce dos poemas de Maria Lúcia Nunes da Rocha. Antes, porém, o casal acadêmico, a professora Yvonne Silveira e o seu esposo Olintho da Silveira, já vinham publicando livros á duas mãos. Aliás, a nossa acadêmica Yvonne Silveira também publicou com Zezé Colares o livro: Montes Claros de ontem e de hoje.

Entretanto, é comum a publicação de antologias (poesias, crônicas e contos), onde os mais diversos escritores reúnem os seus escritos, de estilos e gêneros diferentes, numa só obra literária. A antologia é sem dúvida uma forma muito utilizada nos tempos modernos, principalmente entre aqueles que estão iniciando na vida literária, pois ela lhes oferece as melhores condições financeiras e, por outro lado, abre um canal comum para os neo-escritores no seio da sociedade em que vivem. Como é comum também o uso das antologias pelas academias de letras, institutos históricos e associações de escritores.

Aqui, em nossa cidade, foi lançada uma novidade literária, em termos cooperativos, pela Unimontes: o livro de poesia Tessitura a três – entre diversas horas, de autoria de Mi Pires, Keu Apoema e Lourdinha Fonseca. Há inúmeros trabalhos escolares com a participação de três ou mais estudantes. Mas, além dos aspectos econômicos, os consórcios literários sempre estiveram presentes nas agendas das grandes editoras.

Dentro deste rumo de retidão, onde as palavras dançam na inspiração da atriz Dóris Araújo, intercalando-se com os poemas céticos de minha autoria em páginas chapadas com a cor da casca da castanha, surge o nosso livro Dóris & Dário. Este projeto literário ficou entorpecido há mais de dois anos, mas agora renasce robustecido sob os pórticos das letras acadêmicas.

O livro Dóris & Dário é belíssimo sem falsa modéstia. É contagiante porque nele se reúnem os mais variados poemas (re)direcionados ás pessoas queridas do meio familiar de cada autor. É emocionante porque, diante e adiante de nossos olhos ele exibe o sentimento de gratidão e o desejo de amor maior, o que é comum a todas as criaturas sensíveis. E todos os poemas, com o seu traço de caráter bem vincado, tornar-se-ão inesquecíveis para o amigo-leitor, pois têm eles vida própria. Por isso, o livro Dóris & Dário se lê de ponta a ponta, com renovado interesse em cada uma de suas páginas.

Construir uma definição do seu próprio trabalho pode não ser ético. Pode não ser o caminho correto. Podem até dizer-se que, diferentemente do que pensam os críticos literários, este livro será uma das realizações mais positivas e perenes da literatura montes-clarense. Há nele uma beleza gráfica incomparável. Há nele um trabalho editorial da mais alta categoria. Tudo isso se verifica somado aos tributos profissionais dos funcionários da Gráfica e Editora Millennium. Portanto, aí está Dóris & Dário: o livro.

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