Dário Teixeira Cotrim
Genuíno é o livro de estréia do poeta Márcio Adriano Silva Moraes. A sua obra tem escrita solta e simples e é um momento único na literatura montes-clarense com a participação de uma nova geração dos poetas ativos. “Escrever é fácil, difícil é inscrever. Um poema pode nascer mais idoso que seu criador e tornar-se mais jovem com o passar dos dias. O poema está sujeito a intempéries que muitas vezes transformam-no completamente” disse-nos o poeta. Assim é o livro Genuíno de Márcio Adriano, o retrato exato da nova safra de poemas livres e soltos nestes tempos ditos pós-modernos. Portanto, é extraordinário observar a liberdade de sua escrita e, os detalhes presentes em seus versos. Nota-se que em “vaticínio” e “incômodo fisiológico” o autor ultrapassou a linha-limite da (in)tolerância literária, mas nada que pudesse prejudicar a sua obra.
É interessante notar também o gosto do autor pelas formas clássicas que ele utiliza na composição de seus poemas. A leitura quando feita com olhos críticos, há quem a veja indissociável da ironia e do humor. É verdade. Por outro lado, o quadro das Sete Maravilhas do Mundo, composto de belíssimos sonetos, nos dá uma idéia da responsabilidade cultural do autor com os assuntos sérios e de interesse coletivo. A influência poética de tempos passados, garimpados nos livros dos grandes autores, sempre estará presente na escrita de obras pensadas e repensadas como Genuíno. Em razão de nossa afirmativa, encontramos os nomes de Olavo Bilac, Fernando Pessoa, Álvares de Azevedo e Ítalo Battarello o que se explica o esmero do autor na construção de sua bela obra. De igual modo, apresentando o trabalho literário de Genuíno num belíssimo prefácio, o poeta Aroldo Pereira traz à nossa memória a lembrança do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, machuchando os versos bem comportados de O Grito do Mito. “Minha terra tem temores,/ Onde o mito está a gritar;/ Os corvos que lá assustam,/ Não assustam, não existem cá./ Nosso céu tem mais tristeza,/ Nossas vilas têm mais medo,/ Nossos lares, mais mentiras,/ Nosso grito, mais tormento./ Ao ficar sozinho, à noite,/ Mais pavor sinto de lá./ Minha terra tem temores,/ Onde o mito está a gritar”. Esse fato que aqui acontece, acontece com todos aqueles que pesquisam muito antes o que desejam para construírem pouco depois o que se quer. É o resultado da leitura que aos poucos vai imiscuindo-se nas obras vindouras à procura de um estilo próprio.
Márcio Adriano não é um desses poetas de gabinete. Esses que empilham montes de papéis e depois os guardam em gavetas condenadas ao esquecimento. Não. Márcio Adriano é, sim, um domador do verbo, um malabarista do verso, um encantador das palavras. O poder de encantar as palavras de Márcio no tempo e no espaço faz-se a dispensa de rimas e da aliteração musical o que se torna a sua poesia muito mais autêntica e muito mais profunda. Aliás, são poetas da nova geração, assim como Márcio Adriano, que fazem os seus versos com ares de dedicado poder de conquista e com a força mágica de um sutil toque de condão. Os poemas do livro Genuíno têm o poder desse encantamento. Certamente que todos aqueles que fizerem a leitura completa dos poemas de Márcio Adriano, farão também uma viagem ao mundo das palavras.
Há neste influente trabalho literário sinais de uma continua renovação da linguagem. Disse-nos o poeta Aroldo Pereira que “desde então Márcio Adriano Silva Moraes torna-se um poeta ativo e presente na cena Norte-Mineira, apresentado seus trabalhos a um público cada vez maior. Utiliza de forma segura e consciente a oralidade para divulgar seus versos e demarcar seu espaço neste território indefinido que a gente chama de poesia”. Viva a poesia... Viva! Márcio Adriano!
Genuíno é o livro de estréia do poeta Márcio Adriano Silva Moraes. A sua obra tem escrita solta e simples e é um momento único na literatura montes-clarense com a participação de uma nova geração dos poetas ativos. “Escrever é fácil, difícil é inscrever. Um poema pode nascer mais idoso que seu criador e tornar-se mais jovem com o passar dos dias. O poema está sujeito a intempéries que muitas vezes transformam-no completamente” disse-nos o poeta. Assim é o livro Genuíno de Márcio Adriano, o retrato exato da nova safra de poemas livres e soltos nestes tempos ditos pós-modernos. Portanto, é extraordinário observar a liberdade de sua escrita e, os detalhes presentes em seus versos. Nota-se que em “vaticínio” e “incômodo fisiológico” o autor ultrapassou a linha-limite da (in)tolerância literária, mas nada que pudesse prejudicar a sua obra.
É interessante notar também o gosto do autor pelas formas clássicas que ele utiliza na composição de seus poemas. A leitura quando feita com olhos críticos, há quem a veja indissociável da ironia e do humor. É verdade. Por outro lado, o quadro das Sete Maravilhas do Mundo, composto de belíssimos sonetos, nos dá uma idéia da responsabilidade cultural do autor com os assuntos sérios e de interesse coletivo. A influência poética de tempos passados, garimpados nos livros dos grandes autores, sempre estará presente na escrita de obras pensadas e repensadas como Genuíno. Em razão de nossa afirmativa, encontramos os nomes de Olavo Bilac, Fernando Pessoa, Álvares de Azevedo e Ítalo Battarello o que se explica o esmero do autor na construção de sua bela obra. De igual modo, apresentando o trabalho literário de Genuíno num belíssimo prefácio, o poeta Aroldo Pereira traz à nossa memória a lembrança do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, machuchando os versos bem comportados de O Grito do Mito. “Minha terra tem temores,/ Onde o mito está a gritar;/ Os corvos que lá assustam,/ Não assustam, não existem cá./ Nosso céu tem mais tristeza,/ Nossas vilas têm mais medo,/ Nossos lares, mais mentiras,/ Nosso grito, mais tormento./ Ao ficar sozinho, à noite,/ Mais pavor sinto de lá./ Minha terra tem temores,/ Onde o mito está a gritar”. Esse fato que aqui acontece, acontece com todos aqueles que pesquisam muito antes o que desejam para construírem pouco depois o que se quer. É o resultado da leitura que aos poucos vai imiscuindo-se nas obras vindouras à procura de um estilo próprio.
Márcio Adriano não é um desses poetas de gabinete. Esses que empilham montes de papéis e depois os guardam em gavetas condenadas ao esquecimento. Não. Márcio Adriano é, sim, um domador do verbo, um malabarista do verso, um encantador das palavras. O poder de encantar as palavras de Márcio no tempo e no espaço faz-se a dispensa de rimas e da aliteração musical o que se torna a sua poesia muito mais autêntica e muito mais profunda. Aliás, são poetas da nova geração, assim como Márcio Adriano, que fazem os seus versos com ares de dedicado poder de conquista e com a força mágica de um sutil toque de condão. Os poemas do livro Genuíno têm o poder desse encantamento. Certamente que todos aqueles que fizerem a leitura completa dos poemas de Márcio Adriano, farão também uma viagem ao mundo das palavras.
Há neste influente trabalho literário sinais de uma continua renovação da linguagem. Disse-nos o poeta Aroldo Pereira que “desde então Márcio Adriano Silva Moraes torna-se um poeta ativo e presente na cena Norte-Mineira, apresentado seus trabalhos a um público cada vez maior. Utiliza de forma segura e consciente a oralidade para divulgar seus versos e demarcar seu espaço neste território indefinido que a gente chama de poesia”. Viva a poesia... Viva! Márcio Adriano!
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